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  • Os Porquês da Torá

Os Porquês da Torá

Autor: Alfred J. Kolatch
Editora: Sêfer
SKU: 4076
Páginas: 416
Avaliação geral:

Explica de forma concisa, objetiva e acessível, por exemplo, de que forma se escreve uma Torá no pergaminho; o que são notas massoréticas e por que certos textos são escritos de determinada maneira, mas lidos de outra forma; qual o critério para se deixar certos espaços no texto; qual a ligação entre os textos lidos dos profetas a cada semana junto com a porção semanal da Torá; e muitos mais detalhes que pouquíssimas pessoas realmente conhecem.

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Descrição

Embora a Torá, composta pelos cinco primeiros livros da Bíblia, seja o objeto mais amado e celebrado no judaísmo, sua origem Divina ainda é questionada. Muitos se perguntam qual é a fonte desse documento sem igual que existe há 3500 anos? Quais são as origens das incontáveis leis, costumes e tradições que determinam seu texto e sua leitura? Por que judeus ortodoxos e não ortodoxos seguem certas práticas de maneiras diferentes?

Nesta obra, o rabino Alfred J. Kolatch segue a mesma fórmula bem-sucedida de perguntas e respostas que criou para o Livro Judaico dos Porquês e sua sequência, o Segundo Livro Judaico dos Porquês, ambos publicados no Brasil pela Editora Sêfer. Ele não apenas dá respostas, mas também explica os diversos rituais referentes à Torá do modo como são observados hoje em dia nas sinagogas.

Concisa, objetiva e imparcial, é uma apresentação das atitudes, costumes e práticas de judeus pertencentes a todas as correntes.


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Seguindo a mesma fórmula bem-sucedida de perguntas e respostas que criou para o Livro Judaico dos Porquês e sua sequência, o Segundo Livro Judaico dos Porquês, ambos publicados no Brasil pela Editora Sêfer, o rabino Alfred J. Kolatch não apenas dá respostas, mas também explica os diversos rituais e procedimentos referentes à Torá do modo como são observados hoje em dia.

Como se escreve uma Torá no pergaminho? O que são Notas Massoréticas? Por que certos textos são escritos de determinada maneira, mas lidos de outra forma? Qual o critério para se deixar certos espaços no texto? Qual a ligação entre os textos lidos dos profetas a cada semana com a porção semanal da Torá? Por que a Torá foi outorgada no Monte Sinai e não em Israel?

Estas e muitas outras dúvidas são respondidas de forma concisa, objetiva e acessível a todos os leitores, de leigos a eruditos e pesquisadores. Afinal, "Esta é a Lei que Moisés pôs diante dos filhos de Israel, de acordo com o Eterno, por intermédio de Moisés".

Jairo Fridlin

Índice e trechos

Índice

Introdução Geral
1. A Torá e suas Raízes
2. Santificando o Sêfer Torá
3. A Arca e a Área do Púlpito
4. Escrevendo a Torá
5. Lendo a Torá
6. Aliyót 
7. Maftír e Haftará
8. O Texto Massorético
9. Semana a Semana
10. Festa a Festa 
Notas 
Bibliografia 

Trechos

Por que é proibido usar instrumentos de metal para escrever a Torá?
Instrumentos de ferro ou aço estão geralmente associados a guerras e violência. Por conseguinte, os rabinos os proibiram na escrita de um Sêfer Torá. Esta regra se baseia em Êxodo 20:25, que proíbe construir um altar com pedras lavradas, "porque a tua ferramenta levantarias sobre ele e assim o profanarias".
O propósito do altar, dizem os rabinos, é promover a paz entre Israel e Deus, portanto nada que seja usado para destruir pode ser usado na sua construção. Os rabinos explicam: "O ferro foi criado para abreviar a vida humana; o altar foi criado para prolongá-la".
Seguindo um raciocínio similar, os rabinos mais tarde estenderam esta proibição para o uso de tipos de imprensa sobre rolos da Torá, Tefilin e Mezuzót, porque eles fazem com que os pergaminhos sejam marcados com metal. Somente a pena de uma ave casher, tal como ganso ou peru, é aceitável como instrumento de escrita para artigos religiosos. 

Por que o Sêfer Torá deve ser escrito em forma de rolo e somente sobre um dos lados do pergaminho?
No primeiro século da era comum, ao invés de escrever os rolos da Torá sob a forma de um rolo - com os pergaminhos atados uns aos outros - tornou-se mais conveniente escrevê-los sob a forma de um codex. Estes codex eram escritos em pequenas folhas de pergaminho ou papiro, encadernadas e presas com peças de madeira. Este formato tornou-se preferido pela Igreja. No século quarto, era usado tanto por cristãos como por judeus.
No desejo de manter a distinção da tradição judaica, os rabinos decretaram que um Sêfer Torá escrito para uso na sinagoga fosse sempre escrito em pergaminho ao invés de papiro, que fosse escrito num só lado da folha e sob forma de rolo. Os codex passaram a ser usados somente para efeito de estudo, mas não para serem usados na sinagoga. A maioria dos fragmentos encontrados na Guenizá do Cairo estão sob a forma de codex; relativamente poucos deles são rolos.

Por que algumas letras da Torá são rebuscadas?
Os rebusques usados pelo escriba para decorar as letras da Torá são chamados Taguím (singular: Tág). É um termo aramaico que significa "adaga", talvez devido ao seu formato, que lembram também a letra Záyin em hebraico. Estes rebusques são chamados no Talmud de Ketarím (singular: Kéter), que significa "coroas". 
O Talmud considera os Taguím como recebidos no Sinai, já colocados cada um em seu respectivo lugar quando a Torá foi transmitida a Moisés. A tradição também diz que havia um manual denominado Sêfer HaTaguím, especificando quais letras devem ser adornadas com estas coroas. Este manual, transmitido ao longo das gerações, é geralmente mencionado nos manuscritos da Idade Média.
Os acadêmicos de hoje tendem a crer que os Taguím não são mais que floreios caligráficos introduzidos pelos antigos escribas, para realçar a beleza do texto da Torá. Ainda que este possa ser o caso, é bem possível que sua forma de adaga - como a da letra Záyin - tenha um grande significado. A adaga é um instrumento usado para defender a própria vida assim como a propriedade. Os antigos viram nisto um instrumento de proteção da Torá contra aqueles que a violariam de qualquer maneira.
No Midrash, o rei Ezequias mostra alguns dos "preciosos elementos" do Templo, que são mencionados em Isaías (39:2). Rabi Iochanán comenta: "ele mostrou uma adaga engolindo uma adaga". E rabi Levi adiciona: "com elas, travaremos nossas batalhas e sairemos vitoriosos." Interessante notar o valor atribuído a estas adagas ou Záyin no Salmo 91.
O que há de significativo nas palavras deste Salmo é o fato de todas as letras do alfabeto hebraico serem representadas em seus dezesseis versículos - exceto a letra Záyin, a "adaga". Esta letra não foi incluída, dizem os místicos, para que um espírito livre possa vaguear e proteger aqueles que pronunciam as palavras do Salmo 91.48
Não é de todo inconcebível que os Taguím em forma de Záyin desenhados em cima de algumas letras da Torá tenham exatamente este mesmo propósito - o de proteger suas palavras.
Sete das vinte e duas letras do alfabeto hebraico são decoradas com Taguím. São as letras Shin, Áyin, Tet, Nun, Záyin, Guímel e Tsadic. (veja ilustração) A maioria tem três Taguím e algumas têm somente um. Segundo uma tradição, as letras Bêt, Dalet, Cuf, Chêt, Iud e Hê deveriam ser adornadas cada uma delas com um Tág.
Os estudiosos em geral concordam que, quando uma letra tem mais de uma perna, o escriba deve colocar o Tág no lado esquerdo superior da perna mais à esquerda da letra. Quando três traços aparecem como parte do Tág, o traço central é desenhado um pouco mais alto que os outros dois. 

Por que tornou-se um padrão escrever quarenta e duas linhas em cada coluna de um Sêfer Torá?
O Talmud oferece o seguinte motivo para a escolha do número quarenta e dois como o número de linhas indicado para uma coluna da Torá: o capítulo 33 do livro dos Números descreve o itinerário percorrido pelos israelitas após o Êxodo do Egito: quarenta e duas paradas, feitas no decurso de sua jornada desde o Sinai até as planícies de Moab, nos bancos do Jordão. Como foram feitas quarenta e duas paradas, dizem os rabinos, este deve ser o número de colunas em cada Sêfer Torá.
Existem algumas considerações práticas para a escolha de quarenta e duas linhas: ao estabelecer um número fixo de linhas por coluna, o escriba emprega um padrão cujo resultado são rolos não tão compridos e nem tão pesados.

Por que quase toda coluna num Sêfer Torá começa com a letra Vav?
A maioria dos escribas segue uma antiga tradição, segundo a qual deve-se iniciar uma coluna na Torá com a letra hebraica Vav. Esta tradição baseia-se numa frase do livro do Êxodo (27:10), que descreve os ganhos com os quais se prendiam as cortinas do Tabernáculo erigido no deserto.66 Confeccionadas em linho, estas cortinas eram suspensas em vinte pilares, conhecidos em hebraico por Amudím (singular: Amúd), que tinham cerca de 2,50 m de altura cada. Uma faixa prateada circundava o topo da cortina e nela eram presos ganchos de prata, chamados de Vavim (singular: Vav).
A Torá usa o termo Vavê Há-amudim, que significa "ganchos das colunas" ao descrever o lugar onde as cortinas do Tabernáculo se sustentavam. Os escribas, ao descobrirem esta referência, acreditavam que isto representava um sinal, para que cada coluna da Torá começasse com a letra Vav. Isto seria uma maneira de simbolizar as colunas da Torá sendo suspensas por um Vav, do mesmo modo que as cortinas do Tabernáculo.

Por que as notas musicais impressas no texto da Bíblia são conhecidas como Teamím? 
As notas relativas à cantilação, encontradas nas cópias impressas da Bíblia, indicam a melodia que o Baal Corê deve seguir quando recita as palavras das Escrituras, particularmente nas leituras públicas. O sistema de notas musicais remonta à época talmúdica, mas não se aperfeiçoou senão no século nono, como resultado do trabalho de Aaron ben Asher. Por ter sido primordialmente realizado pela família Ben Asher de Tiberíades, este sistema tornou-se conhecido como Sistema de Tiberíades.
A palavra hebraica para estas notas musicais é Teamím (singular: Táam), que literalmente quer dizer "sabor" ou "gosto". (O termo em yidish é Trop ou Trope.) O nome escolhido é apropriado, pois quando a Torá e a Haftará são cantadas de acordo às notas estabelecidas para cada palavra ou frase, isto adiciona sabor às palavras e permite sua melhor apreciação e compreensão.

Por que a letra Nun aparece invertida em duas partes da Torá?
Os versículos 35 e 36 do capítulo 10 do livro de Números contém algumas preces ditas por Moisés quando a arca era carregada à frente da coluna de israelitas durante a travessia do deserto. O texto diz:

E era quando a arca se punha em marcha,
que dizia Moisés:
"Levanta-Te, ó Eterno,
e dissipem-se os Teus inimigos
E fujam diante de Ti os que Te odeiam".

E quando pousava, dizia:
"Repousa, Eterno, no meio dos miríades 
de milhares de Israel". 
  
A primeira palavra do versículo 35 é precedida por um Nun invertido, a mesma letra conclui o versículo 36.57 Os rabinos do Talmud explicam que estes dois versículos não estão em seu lugar correto, que seria a continuação do versículo 17 de Números. Foi Deus quem instruiu o reposicionamento destes versículos a Moisés. 
Rabi Iehudá, o Príncipe, diz que estes versículos constituem um livro separado da Torá. Isto significa que o livro de Números é composto de três livros e que na realidade, o número de livros da Torá é sete. Veja a seguir a divisão do livro de Números:

- Capítulo 1 até 10:34 - primeiro livro.
- Capítulo 10:35-36 - segundo livro.
- Capítulo 10:37 até o final (36:13) - terceiro livro.

Para enfatizar esta ideia, rabi Ionatan menciona Provérbios 9:1: "A mulher sábia edifica sua casa, sobre sete pilares". A Torá, suprema sabedoria, também deve ser edificada sobre sete pilares, segundo rabi Ionatan, ou seja, através de seus sete livros.

Por que um Mem final aparece no meio de uma palavra no livro de Isaías?
Isaías 9:5 (Haftará de Itró) diz:
"Porque uma criança nos nasceu,
Um filho se nos deu;
E o poder estará sobre os seus ombros."

E o versículo 6 continua:
"Do aumento do seu poder e da paz não haverá fim".

A primeira palavra hebraica do versículo é Lemarbê, que significa "aumentar". A característica peculiar desta palavra reside no fato da segunda letra, um Mem, ser fechado de todos os lados, como um Mem final.
A nota massorética no rodapé da página indica um Mem final no meio da palavra e que a grafia original foi mantida, como em outras partes da Bíblia.


Por que existem seções "abertas" e "fechadas" na Torá?
Dividir a Torá em seções abertas e fechadas era uma prática antiga, como evidenciam algumas referências no Talmud e no Midrash. Quais os critérios precisos que indicam se uma seção deve ser aberta ou fechada, é algo que não se sabe ao certo. As seções nem sempre refletem o início ou o fim de um tema, nem parecem estar ligadas ao início das Aliyót. Às vezes o texto da Torá inclui longos trechos sem espaço algum, enquanto em outros, os espaços são frequentes.
Uma provável explicação para estes intervalos deve-se ao fato do texto do Sêfer Torá não conter vogais, sinais de pontuação e símbolos de cantilação. O texto é corrido, sem pausas, impondo alguma dificuldade a quem o estuda ou lê. Por este motivo, os antigos decidiram separar o texto da Torá com intervalos.


Sobre o autor

ALFRED J. KOLATCH (1916-2007)

Formado pelo Seminário para Professores e pela Faculdade de Ciências Humanas da Yeshiva University, foi ordenado rabino pelo Jewish Theological Seminary of America, recebendo o Título Doutor Honoris Causa em teologia. De 1941 a 1948 exerceu a função de rabino nas congregações de Columbia, Carolina do Sul, Kew Gardens e Nova York, e como rabino do exército dos Estados Unidos. Em 1948, fundou a Jonathan David Publishers, onde ocupou o cargo de diretor-presidente. Entre suas inúmeras obras publicadas destacam-se: The New Name Dictionary, The Jewish Home advisor, The Jewish Child's First Book of Why, Our Religion: The Torah, Jewish Information Quiz Book, Who's Who in the Talmud, The Family Seder e The Complete Dictionary of English and Hebrew First Names.

 

Em português, foram lançados pela Editora Sêfer:

Livro Judaico dos Porquês

Segundo Livro Judaico dos Porquês

Histórias da Bíblia para Crianças

Os Porquês da Torá

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