Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses não judeus são porcos e americanos, cachorros.
Esse recurso, aliado à ausência de cor dos quadrinhos, reflete o espírito do livro - trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto.
Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações.
É implacável com o protagonista, seu próprio pai, retratado como valoroso e destemido, mas também como sovina, racista e mesquinho.