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Caneca para lavar as mãos grande

Editora: Importado
SKU: 5014
Avaliação geral:

Caneca de Netilat Iadaim lisa, de plástico resistente. Mede 13,5 de altura e 11,5 cm. de diâmetro. Em várias cores.

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Disponibilidade: Imediata

Descrição

Caneca de Netilat Iadaim lisa, de plástico resistente. Mede 13,5 de altura e 11,5 cm. de diâmetro.
Em várias cores.

Trechos

DO LIVRO
JUDAÍSMO PARA O SÉCULO 21

 

A LAVAGEM RITUAL DAS MÃOS

"E vos santificareis e sereis santos" (Levítico 20:7) - isto se refere à Netilát Iadáyim (lavagem ritual) das mãos.
Talmud, Berachót 53b

O ato simbólico de lavar as mãos é um dos mandamentos rabínicos. 


(1) Uma vida a serviço de Deus

Toda manhã, antes de iniciarem os serviços do Templo, os Cohanim (sacerdotes) tinham por dever despejar água sobre seus pés e mãos. Esta lavagem simbólica é um requisito da Torá e sem ele o serviço do Cohen é inválido (Êxodo 30:19-20).
Da mesma maneira, o judeu serve a Deus durante todo o dia e por isto nossos rabinos ordenaram uma lavagem simbólica das mãos em vários momentos, para que nos lembremos deste fato. Em outras ocasiões, lavar as mãos é um ato de higiene. Eis as principais situações onde se requer Netilát Iadáyim:  

Por motivos simbólicos:
1. Ao despertar-se pela manhã.
2. Após um funeral ou visita ao cemitério.
3. Após a união marital

Nestes casos, devemos despejar água três vezes em cada mão de modo alternado. Nossos rabinos indicam existir um fator psicológico neste procedimento. Pode ser que um certo descontrole emocional ou mental foi causado por alguma destas situações. A forma de despejar água descrita acima ajuda a recobrar o senso de orientação do cérebro.
 
4. Antes de comer uma refeição completa (com pão).

Nossos rabinos dizem que a mesa de um judeu equipara-se ao Altar de Deus no Templo e que sua alimentação se iguala aos serviços do Templo. A lavagem ritual simbólica eleva o ato de comer ao nível de uma real atividade judaica, dedicada aos puros propósitos de servir ao Deus Único. Veja parágrafo (3).
Nos casos "1" e "4", a Netilát Iadáyim é acompanhada de uma Berachá (bênção). (Veja capítulo 65/2-3).

Por razões higiênicas:
1. Ao saírmos do banheiro. (Seguida de uma bênção na qual agradecemos a Deus pelo maravilhoso funcionamento do corpo humano.)
2. Depois de tocar qualquer parte do corpo que fica geralmente coberta.
3. Depois de cortar o cabelo e as unhas.

Nestes casos, lavar as mãos normalmente já é suficiente. 


Halachá
 Lavar as mãos antes de uma refeição que inclui pão tem requisitos especiais. Os rabinos comparam nossas refeições a participar das refeições sagradas dos Cohanim e por isto devem ser feitos preparativos especiais antes delas.
 A água deve ser despejada a partir de um recipiente que transferimos de uma mão para a outra, alternadamente.
 Devemos despejar água até o punho, se possível uma medida inteira em cada uma das mãos - igual ao volume de uma xícara. Se a água for escassa, cumprimos este ritual despejando um terço do volume de uma xícara de chá em ambas as mãos.

A QUE CUSTO?
Rabi Israel Salanter, fundador do movimento de Mussár (Ética Judaica) na Lituânia do século 19, hospedou-se certa vez junto a seus alunos na casa de um amigo. Estes ficaram surpresos ao verem seu rabi lavar as mãos com a quantidade mínima de água exigida, ao invés da medida "plena" recomendada. Quando lhe indagaram o motivo desta atitude, ele respondeu: "Vocês aparentemente não estão vendo o que eu vejo."
"E o que não estamos vendo?"
"Quem está indo buscar água para suprir esta casa? Notei ser uma menina com seus doze anos de idade. Ela enche os baldes na bomba do quintal e os carrega casa adentro. Portanto, quanto mais água usarmos para nossa Mitsvá, mais trabalho daremos à pobre criança. Prefiro cumprir Mitsvót às minhas próprias custas em vez de abusar dos outros."

(2) Uma observação sobre o simbolismo da Torá

Deve-se notar que os requisitos para a Netilát Iadáyim vão na direção inversa daqueles exigidos à imersão no Micvê. Quando lavamos as mãos, devemos despejar sobre elas uma quantidade mínima da água que deve escorrer de um recipiente. No caso do Micvê, no entanto, como vimos no capítulo 23/6, a água deve chegar à banheira ritual vinda de fonte natural. Não é difícil ver a razão para isto. Imergir no Micvê nos leva "para fora deste mundo". Pelos momentos que mergulhamos, é como se voltássemos ao estado da Criação e, ao emergimos, retornamos "criados" e em estado de pureza. Mas quando lavamos as mãos, enfatizamos em nossa consciência humana a decisão de servir a Deus por meio do nosso processo de alimentação. Isto demanda um ato que esteja inserido dentro do contexto das atividades humanas. A água deve ser, portanto, despejada a partir de um recipiente e por força da ação humana.

(3) O conceito de refeição segundo a Torá 

Numa vida de Torá, as refeições constituem o primeiro passo para o enobrecimento do homem. É por este motivo que nossas mesas simbolizam um Altar. Quando comemos somente por prazer, para satisfazer nosso paladar ou encher nosso estômago, o ato de comer não será puramente humano. O mesmo acontece com toda e qualquer atividade humana onde o fascínio do prazer proporcionado é o único elemento que nos atrai. 
Mas se comemos somente a quantidade necessária e com o único intuito de fortalecer nossos corpos para que possamos servir a Deus, nosso ato de comer será verdadeiramente humano e parte do nosso serviço Divino. O mesmo acontecerá com qualquer função "animal", se a realizarmos com a mesma atitude e do mesmo modo. O ato simbólico de lavar ritualmente nossas mãos em honra a uma refeição estimula esta compreensão. 

*

CURIOSIDADES DO
SEGUNDO LIVRO JUDAICO DOS PORQUÊS


Por que é preciso lavar as mãos antes de começar uma refeição na qual se come pão?
A origem desta lei é bíblica (Êxodo 30:17-21). Deus ordenou Moisés a fabricar um recipiente de cobre para lavagem e colocá-lo na entrada do local onde ficava o altar para que assim Aarão e seus filhos (ou seja, os sacerdotes) pudessem lavar suas mãos antes de se aproximar do altar para oferecer sacrifícios. O versículo 21 afirma "... e será para eles estatuto perpétuo."
Na lei judaica, é obrigatório lavar as mãos da maneira ritual (usando um utensílio com alça) antes de comer uma refeição em que seja servido pão. Se não for servido pão na refeição, a lavagem das mãos não é obrigatória.
Um dos motivos para lavar as mãos é bastante corriqueiro: limpá-las antes de comer. O segundo e mais importante é que as mãos estão sujas depois de tocar objetos impuros. Esta expressão simbólica de tirar as impurezas das mãos usando a água para fazê-lo remonta à época do Templo, quando os sacerdotes (cohanim) devotavam suas vidas ao Templo e seu sistema de sacrifícios. Os sacerdotes precisavam estar em estado de pureza constante, sempre prontos para aceitar as oferendas de sacrifícios de animais e vegetais que eram trazidas ao Templo pelo povo e oferecidas no altar como sacrifícios a Deus. Em seu estado normal, um cohen (sacerdote), como todos os demais indivíduos, era considerado impuro (tamê), ritualmente impuro e, portanto, antes de realizar algum ato relacionado com o ritual, tinham de lavar as suas mãos.
No século V a.e.c., Esdras e outros escribas como ele (em hebraico, soferim, no singular, sofêr) do período pós-bíblico exigiram que os sacerdotes lavassem as mãos antes de aceitar as primícias de grãos que eram ofertados no Templo já que, aparentemente, os cohanim haviam negligenciado esta prática.
Quando o Templo foi destruído, no ano 70 e.c., a mesa familiar passou a representar o altar do Templo. O pão que se colocava sobre ela simbolizava as oferendas que se levavam aos sacerdotes. Os sábios, que acreditavam na restauração do Templo e, com ele, das funções sacerdotais, não quiseram que o costume de lavar as mãos fosse esquecido e, por isto, aplicaram rigorosamente a lei de lavar as mãos antes das refeições. Assim como os sacerdotes não efetuavam os rituais de sacrifícios trazidos pelo povo sem antes lavar as mãos, agora tampouco se podia comer pão, o alimento básico, sem antes lavá-las e pronunciar a bênção: "Bendito sejas Tu... que nos ordenaste sobre o lavar das mãos."
O costume de lavar as mãos do modo ritual estava tão difundido que o Midrash nos conta que, em certa ocasião, um hospedeiro disse a um judeu: "Quando vi que comias sem lavar tuas mãos e sem abençoar, pensei que eras um pagão (não judeu)". 
Os rabinos do Talmud, ao definirem o que é considerado uma refeição, diferenciam entre uma refeição normal (seudát kéva) e uma temporal ou leve (achilát arai). Para que seja considerada "normal", a refeição deve ter pão.

Por que, na lavagem ritual das mãos, primeira se joga água sobre a mão direita e depois sobre a mão esquerda?
"A destra do Eterno faz proezas... é sublime...", diz o salmista (118:15, 16). 
Na tradição judaica, a mão direita tem status superior à esquerda. Por isto, os judeus piedosos calçam primeiro o sapato direito ao vestir-se. Por isto, também, os tefilin são colocados na mão esquerda: para dar à direita a honra de enrolar a cinta de couro em torno do braço. O mesmo ocorre com a lavagem de mãos: a água é despejada primeiro sobre a mão direita para que a esquerda possa servi-la.

Por que, para lavar as mãos de acordo com o ritual, é preciso jogar a água três vezes sobre cada mão?
O Código da Lei Judaica explica que, para lavar as mãos ritualmente, deve-se jogar a água três vezes em cada mão. A primeira água limpa as mãos; a segunda tira a impureza ritual (tumá, em hebraico) e, como a água desta segunda operação se impurifica ao entrar em contato com as mãos (que estão impuras), deve-se jogar sobre elas uma terceira vez para purificá-las, sob o ponto de vista ritual.

Por que alguns judeus, ao lavar as mãos antes da refeição, erguem-nas depois de ter vertido água sobre elas?
O ato de levantar as mãos faz parte do ritual de lavagem das mãos desde o princípio, o que fica evidente pela oração que se pronuncia em tal ocasião, al netilát iadáim, ou seja, "levantar as mãos".
O objetivo de lavar as mãos é tirar a impureza ritual das mesmas e, para isto, a água precisa atingir todas as partes da mão, inclusive a região que está entre os dedos, a palma e até o punho. As mãos são levantadas para que a água seja distribuída. Este costume é descrito no Shulchan Arúch.

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