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  • Bem-Vindo ao Judaísmo

Bem-Vindo ao Judaísmo

Retorno e Conversão - Nova edição!
Autor: Maurice Lamm
Editora: Sêfer
SKU: 122
Páginas: 430
Avaliação geral:

O rabino (ortodoxo) Maurice Lamm, busca esclarecer o candidato à conversão, ou récem-convertido, o que é o judaísmo, por que vale a pena juntar-se a ele, como fazê-lo corretamente, de acordo com a lei judaica e, finalmente, como superar problemas decorrentes desta corajosa decisão que é um antiquíssimo ritual, liberando-o de uma teia de conceitos errôneos popularmente difundidos, e trata ainda da aplicação da lei nas situações contemporâneas.

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Descrição

Sucesso de vendas, finalmente reeditado numa nova versão com ortografia atualizada e novo design! 

O JUDAÍSMO ACEITA CONVERSÕES?


SIM, o judaísmo aceita conversões. Embora não seja uma fé proselitista como outras, também não é hermética e inacessível às pessoas sinceras que desejam unir seus destinos a ele. Para tanto, há certas condições e todo um protocolo a ser cumprido. Faltava, sim, um livro em português que desmistificasse o tema e colocasse todos os pingos nos is.

O livro traz inúmeros depoimentos de pessoas que passaram pelo processo, descreve-o minuciosamente e apresenta o bê-a-bá do judaísmo para quem vai iniciar esta longa jornada de aprendizado e novas vivências.

No final, traz um capítulo especialmente escrito para a edição brasileira a respeito dos "marranos" ou criptojudeus.

Este livro busca esclarecer o candidato à conversão, ou recém-convertido, o que é o judaísmo, por que vale a pena juntar-se a ele, como fazê-lo corretamente, de acordo com a lei judaica e, finalmente, como superar problemas decorrentes desta corajosa decisão. Segundo seu autor, o rabino (ortodoxo) Maurice Lamm, sua obra "busca desmistificar um antiquíssimo ritual, liberando-o de uma teia de conceitos errôneos popularmente difundidos; procura esclarecer questões que, à primeira vista, podem parecer obscuras ou irrelevantes, e trata ainda da aplicação da lei nas situações contemporâneas. O que tentei fazer foi iluminar o caminho para aqueles que desejam se tornar filhos de Abrahão."


PROMOÇÕES ESPECIAIS:
Bem-vindo ao Judaísmo e O que é respeitar o Shabat

Bem-vindo ao Judaísmo e Este é o meu Deus

Índice e trechos

ÍNDICE

 
PREFÁCIO: Prepare-se para Embarcar
ANTES DE COMEÇARMOS
I. Novos Significados para Antigas Palavras
"A.C./A.E.C." - "D.C./E.C." · "Shabat" · "Noite" e "Dia" · "Bíblia" · "Fé"
II. Novas Palavras para Novas Ideias
Torá · Halachá · Mitsvá · Guer

PRIMEIRA PARTE
EXPERIÊNCIAS PESSOAIS: Dezessete judeus comentam suas conversões 


Introdução: Lições do Passado

· A Correção de um Erro Cósmico

· A Mão que Afasta, a Mão que Acolhe

· O Constrangimento de Entrar numa Sinagoga pela Primeira Vez

· Eu Fui um Padre Católico

· Quando os Convertidos se Sentem Rejeitados

· Filho Judeu, Mãe Gentia

· Eu Sempre Me Perdia

· A Longa, Sinuosa Busca pela Verdade

· A Respeito de Não Ser Meio a Meio
· Sobre Ser Chamada de ?Convertida? 

· Ser Honesto Consigo Mesmo Nunca É Fácil 

· Eu Não Sinto Falta de Nenhum Aspecto Religioso

· Eu Não Tinha o Menor Temor da Religião 

· "Mamãe Está Morrendo. Reconverta-se ao Catolicismo"

· A Coisa Toda Parecia Impossível

RESUMO: O QUE OS CONVERTIDOS ESTÃO DIZENDO 

PARTE DOIS - O Arcabouço      
 
1. PARADOXOS DA CONVERSÃO JUDAICA

Introdução


2. DANDO AS BOAS-VINDAS AO CONVERTIDO

Um Cumprimento com a Cabeça ou um Abraço


3. O PROTOCOLO DE CONVERSÃO: Uma Primeira Olhada

A Ideia Por Trás do Processo

  O Protocolo


4. MOTIVOS HONRADOS

Conversões por Convicção

 Conversões por Acomodação

 O Motivo Ideal: Por Amor ao Céu

 O Motivo Predominante: Por Amor à Família


5. UNIR-SE OU NÃO?

As Alegrias e os Fardos de Ser Judeu

 Os Fardos de um Judeu · Vale à Pena Suportar este Fardo?  ·  As Alegrias do Judaísmo


6. ENTRANDO PARA A ALIANÇA

As Duas Alianças

 A Aliança Patriarcal · A Aliança Sinaítica · As Diferenças 

 Dois Marcos da Aliança Sinaítica 

 No Êxodo do Egito: o Pacto do Povo · O Começo na Comunidade · Na Revelação no Sinai: A Parceria entre Deus e o Ser Humano

 Consequências da Aliança

 A Moralidade Judaica · Conduta Religiosa · A Terra de Israel

 Manter a Aliança

 Antes de Assumir um Compromisso · Preparação para o Compromisso

 

PARTE TRÊS - O PROTOCOLO


7. O PROCESSO FORMAL 

A Necessidade de um Procedimento Formal

 As Palavras Afirmam  ·  Os Atos Autenticam · Formal Não é Pro Forma  ·  Duas Fases: Exploração e Afirmação  ·  O Processo Reflete a Natureza do Judaísmo

 Será que a Religião é o único Passaporte? E Quanto ao Sionismo, Heroísmo Moral, Amor pelos Judeus?

 Quanto à Manutenção de Altos Padrões para a Conversão


8. O TRIBUNAL DE ADMISSÃO: BÊT DIN

A Função do Bêt Din

As Credenciais do Bêt Din
O Poder do Bêt Din

A Função da Conversão como Mitsvá

O Que o Bêt Din Perguntará ao Convertido?

9. CIRCUNCISÃO: GÊNESE DE UMA NOVA VIDA

O Mais Prestigioso dos Símbolos

O Primeiro Símbolo

Estrutura da Observância

Mulheres: Na Aliança como na Criação

Níveis Mais Profundos de Significado

A Circuncisão Tem uma Função Motivadora  ·  Deus e o Homem são Sócios na Criação da Humanidade  ·   Circuncisão Cria uma Ligação · Simboliza a Permanência da Aliança entre Deus e o Homem  ·  Nem Toda Circuncisão Implica em uma Aliança  ·  A Aliança é Exclusivamente Judaica  ·  A Hostilidade Provocou o Heroísmo · Exigente mas Consolidada  ·   LeChayim!


10. IMERSÃO: O CANAL ENTRE DUAS ELEVAÇÕES

Imersão e Micve: As Definições                               

As Funções do Micve
 A Natureza Duradoura do Micve ·  Níveis mais Profundos de Entendimento 
 Purificando o Passado · Adquirindo um Novo Status  ·  Circuncisão e Imersão: o Elo, a Lição  ·  Duas Questões que Tornam a Imersão Problemática
 Exigências Haláchicas para a Imersão
 O Micve  ·  A Condução da Cerimônia  ·  Preparativos Pessoais para a Imersão  ·  A Ordem do Serviço  ·  As Bênçãos  ·  Finalmente: Parabéns!

11. A OFERENDA DO CONVERTIDO AO TEMPLO

A Origem da Lei

O Sacrifício Antigo Hoje em Dia

A Oferenda Interior

A Oferenda como Passaporte

12. RECÉM-NASCIDO - NOME NOVO

O Significado dos Nomes

Nomes para o Convertido

Nomes para os Pais dos Convertidos

A Cerimônia da Nomeação

13. A CONVERSÃO DE MENORES DE IDADE

Compreendendo o Básico 

O Princípio da "Vantagem"  ·  Pode a Disciplina Estrita ser Considerada Benéfica para a Criança?  ·  A Criança Tem o Direito de Rejeitar o Judaísmo?
 A Cerimônia de Conversão de Menores de Idade

14. O CÔNJUGE JUDEU: TORNANDO-SE JUDEU NOVAMENTE

 

PARTE QUATRO - RESPONSARespondendo Perguntas sobre a Vida e a Lei

 

15. PERGUNTAS SOBRE AS LEIS DE CONVERSÃO I

A Halachá Não é uma Questão de "Bom Senso"

O Protocolo de Conversão

Quando a Motivação é o Casamento

A Aceitação das Mitsvót

Se o Convertido é Alguém que Não Conhece as Mitsvót  ·  Se o Convertido Rejeitar uma Mitsvá

O Bêt Din

Quem se Qualifica como Juiz?  ·  O Bêt Din Exige Três Especialistas Eruditos?  ·  Se somente Dois Estiveram Presentes na Aceitação Inicial  ·  Se no Estágio Final de Compromisso Não Estiveram Presentes Três Juízes

A Circuncisão

Circuncisão na Infância. É Necessária a Retirada Simbólica de uma Gota de Sangue?  ·  E Se a Circuncisão Implicar em Risco de Vida?  ·  A Anestesia Pode ser Usada Antes da Circuncisão?

A Imersão

Como a Imersão é Testemunhada pelo Bêt Din?

Após a Conversão

Perguntas a Respeito do Convertido e a Palavra "Pais" Durante as Orações  ·  Onde Começa a Prática Judaica?

16. PERGUNTAS SOBRE AS LEIS DE CONVERSÃO II: 
Status Pessoal

O Convertido e o Casamento

Por que um Cohen Não Pode Casar-se com uma Convertida?  ·  Outras Perguntas sobre Casamento entre Cohen e Convertidos  ·  A Convertida Grávida  ·  Um Casal de Gentios Deseja se Converter  ·  Período de Espera antes do Casamento


17. PERGUNTAS SOBRE RELAÇÕES INTERPESSOAIS I: 

As Comemorações do Judeu com a Família Gentia

Considerações sobre Questões Interpessoais

Questões Pessoais e a Halachá · Judeu e Não-Judeu ·  Cuidado: o Judaísmo Não é Só para Hoje · Mas Também Existe o Indivíduo

A Base para o Status Especial do Convertido

O Convertido como um Recém-Nascido · A Dimensão Espiritual · A Dimensão Histórica · A Dimensão Legal · Os Problemas Legais de Ser Recém-Nascido · Preocupações Religiosas do Recém-Nascido

Perguntas sobre Temas Religiosos

Comparecimento aos Serviços Religiosos Não Judaicos · Participação em Celebrações de Gentios ·  Ajuda e Visita a Pais Doentes · O Comparecimento a Ritos Cristãos de Passagem Feitos no Lar · O Comparecimento a Funerais Cristãos · Luto por Parentes Gentios · Participação em Feriados Nacionais


18. PERGUNTAS SOBRE RELAÇÕES INTERPESSOAIS II: 

A Família Gentia nas Comemorações Judaicas

Pergunta sobre Religião

Pais Gentios Acompanhando um Convertido em um Casamento · Segurar o Dossel do Casamento · Fazer o Discurso · Participação na Cerimônia de Circuncisão · Comparecimento dos Pais do Convertido ao Bar ou Bat Mitsvá · Participação em Funerais Judaicos · Convidar Gentios ao Sêder e Outras Refeições Festivas

 

PARTE CINCO - QUEM SOMOS?

Uma Introdução ao Judaísmo para o Convertido 

 

19. UM PRIMEIRO OLHAR SOBRE O JUDAÍSMO

Uma Visão Geral do Currículo Clássico

É Preciso Ter Experiência


20. QUEM SOMOS?
O Conceito de Povo Eleito

Os Judeus - Poucos, mas Eternos 

Mas o Judeu Sobreviveu


21. QUEM É NOSSO DEUS? 
Os Treze Artigos da Fé

A Concepção Judaica de Deus

Deus é Um · Deus é o Criador · Deus como Redentor da Humanidade · Ele é um Deus Pessoal · Portanto, a História tem Significado · O Ser Humano Importa ·  Deus é Incognoscível, mas... · Rastreando os Atos de Deus

Recompensa e Castigo

Divindade pelo Amor à Divindade · Problemas da Crença na Retribuição · Quando Acontecem Coisas Ruins a Pessoas Boas 

Deve Haver um Meio Melhor de Lidar com este Problema

Desvios do Conceito Judaico de Deus 

Jesus Não é Deus · E Não é Seu Profeta Jesus ·  Não é o Messias

O Tratamento para a Dúvida


22. O QUE É A TORÁ?

Pergunta: O que a Lei está Fazendo no Meio da Religião?  ·  Resposta: Nem só de Fé Vive o Ser Humano 

Mitsvá: o Salto Representado por uma Ação

A Quintessência do Judaísmo

Fé e Lei: O Debate entre o Judaísmo e o Cristianismo


23. A CONTAGEM DO TEMPO NO JUDAÍSMO

Anos, Meses, Semanas e Dias no Calendário Judaico

Os Anos · Os Meses · Comemorando a Lua Nova: Rosh Chodesh · A Semana · O Dia 


24. O DIA A DIA NO JUDAÍSMO

Bondade - Chessed

Três Fontes Primárias: A Primeira · A Segunda · A Terceira

Bondade Versus Caridade

O Estudo da Torá

A Lei Viva · O Estudo como Ato de Amor 

A Experiência da Oração

Caridade - Tsedacá

As Três Leis da Pobreza · Caritas Versus Tsedacá 
Vestimentas e seus Símbolos

Talit e Tsitsít · Tefilín · Kipá · Sha'atnez

Símbolos no Lar 

Mezuzá

As Leis de Cashrut

O Significado de "Casher" · Quais os Alimentos que são Casher? · Como se Prepara a Comida Casher? · Finalmente: Por Quê?


25. A SEMANA JUDAICA

Shabat

Não é um Dia de Folga: É um Dia para se Fazer Muitas Coisas · A Santidade do Shabat: um Palácio no Tempo   · A Halachá Define Trabalho (ou Obra): Melachá ·  Celebração do Dia: A Ideia de Descanso, Menuchá   · Pura Alegria: Oneg · Saudando a Rainha · Despedida da Rainha: Havdalá · Preparação do Dia: Kevod Shabat · Parar para o Shabat: Uma Digressão Pessoal


26. A COMEMORAÇÃO DO ANO NOVO JUDAICO I: 

Rosh Hashaná até Purim

Ano Novo: Rosh Hashaná

Costumes da Festividade
Os Dez Dias de Arrependimento, ou Retorno a Deus: Asséret Iemê Teshuvá

O Dia do Perdão: Iom Kipúr 

Na Entrada de Iom Kipúr · Pureza e o Ensaio para a Morte: o Kitel · A Liturgia

As Três Festas da Peregrinação

Festa das Cabanas: Sucót

A Festa de Sucót · Festa da Colheita · A Festa, por Excelência

O Dia da Grande Hoshána

Shemini Atséret e Simchát Torá

Chanucá

O que é Chanucá? · Celebração: com a Luz ou com a Espada? · Acendimento das Velas · Festa da Esperança   · Para o Convertido: uma Época de Crise

Tu Bishvat


27. A COMEMORAÇÃO DO ANO NOVO JUDAICO II: 

Purim até Rosh Hashaná 

Purim

As Quatro Mitsvót de Purim

Pêssach
Os Nomes de Pêssach · O Ômer · Chamêts e Matsá · O Que é Chamêts? · Preparando-se para Pêssach · A Condução do Sêder 

Lag Baômer

O Dia do Holocausto: Iom Hashoá

Dia da Independência: Iom Ha'atsmaut

Dia de Jerusalém: Iom Ierushaláyim

A Festa das Semanas: Shavuót

O Dia em que Deus deu a Torá · Quem Recebeu a Torá? · Costumes desta Festa

Tisha Be Av

Lamentações

Dois Dias de Jejum


28. RITOS DE PASSAGEM
Nascimento

Circuncisão: Berit Milá

Bar Mitsvá, Bat Mitsvá

Amor e Casamento

O Estado do Casamento Hoje em Dia · Qualidades do Parceiro Ideal · Planejando o Casamento · O Casamento  ·  Pureza Familiar 

Divórcio Religioso 

Morte e Luto

O Modo Judaico de Encarar a Morte · Cinco Estágios de Luto  · O Cadish: Quando é Recitado?

 

PARTE SEIS - BEM-VINDO AO LAR

 

29.   BEM-VINDO AO LAR: Estamos com as Luzes Acesas

O Começo do Retorno · O "Mazal" do Convertido · O Retorno

A Volta para Casa


APÊNDICE 1: Motivações para Converter-se: Jetro e Outros

APÊNDICE 2: A Aliança: O Contrato Social e o Contrato Divino

APÊNDICE 3: O Cristianismo Rejeitou a Circuncisão e Aceitou a Imersão

APÊNDICE 4: A Metáfora da Água

APÊNDICE 5: A Motivação do Casamento: Uma Breve Revisão

UMA BIBLIOGRAFIA PARA OS CONVERTIDOS 

APÊNDICE À EDIÇÃO EM PORTUGUÊS

 

*  *  *

Chanucá - para os judeus e para os convertidos

 

Chanucá é recordada não só pelo milagre das luzes do óleo queimando no Templo, mas também pelo milagre de trazer luz a um mundo na escuridão. Os dias de dezembro, durante os quais geralmente cai a festa de Chanucá (no hemisfério norte), são os mais curtos e as noites, as mais compridas do ano inteiro. Na noite de 25 de Kislev, a lua começa a ficar menos visível, e, no solstício de inverno, o sol começa a dar menos calor à Terra. Indo contrariamente ao processo natural de diminuição da luz, as velas desta cerimônia vão crescendo em número, gerando cada vez mais luz a cada noite, sucessivamente.

Mas a luz de Chanucá funciona como um símbolo. O povo judeu estava em seus piores momentos durante a época da revolta dos macabeus - a ponto de precisar conduzir uma guerra civil e revolucionária para permanecer vivo. O pequeno recipiente de óleo é um símbolo da exaustão do povo judeu - assolado por inimigos poderosos tanto dentro quanto fora do país, em dúvida quanto a seu próprio futuro, e questionando-se sobre seu valor como uma minúscula presença perante a aparente imensidão e a eternidade dos outros povos e costumes.

Ao mesmo tempo, o fato de que, apesar de o povo estar sendo dizi­mado, a terra, aniquilada, e o Templo, destruído, ainda se pudesse encontrar um vasilhame contendo óleo não profanado e não adulterado, de­ve ter sido extasiante. E, depois, quando os judeus descobriram que esta quantidade tão pequena de óleo podia sobreviver, crescer e tornar-se uma fonte de energia e uma chama da liberdade e, por analogia, eles pró­prios, poderiam ser uma "luz para as nações", isto deve ter sido uma con­firmação eletrizante da intenção do Todo-Poderoso para o futuro do povo judeu.

Esta pequena luz, uma fonte de esperança para o futuro, foi mais ins­trutiva e inspiradora do que a recitação do heroísmo no campo de ba­talha. A celebração do espírito, e não do poder, é que resistiu ao teste do tempo e serviu ao povo judeu em cada ano de seu exílio. Para o judeu nos antigos guetos escuros e estreitos, as velas trazem uma mensagem gra­ti­fi­cante, que faz acender o brilho em seu coração. Lembrar somente a espada, em tais circunstâncias, seria apenas um resquício de nostalgia, al­go ridículo de tão fantástico, além de próximo ao absurdo, no meio de uma noite de exílio. Esta é a mensagem que os rabinos encapsularam na Haf­tará, a porção profética lida após a leitura da Torá em Chanucá. "Não pelo poder, não pela força, mas por Meu espírito, diz o Eterno dos Exércitos."

Um convertido precisa saber o que Chanucá significa, e que não é só uma comemoração nacional da liberdade religiosa, mas uma declaração do sacrifício pessoal pela observância e identidade judaicas, uma declaração de esperança na sobrevivência judaica. É importante para o recém-chegado ao judaísmo, portanto, saber que Chanucá não é o equivalente judaico das festas de inverno ou das celebrações cristãs, e que há uma profunda diferença entre luz e luz, e entre alegria e alegria.

Para o Convertido: uma Época de Crise

Para o convertido, no nível prático, esta época ressalta os conflitos entre passado e presente, uma família e a outra, e elas são enormes. Eis como Lydia Kukoff os descreve:

Lembro-me de meu primeiro Chanucá após a minha conversão. É claro que acendi as velas, mas sentia que não sabia realmente o bastante sobre Chanucá para torná-lo significativo. Eu não conhecia o contexto. Meu marido também não ficava muito entusiasmado com Chanucá, e não ajudava. Foi uma grande decepção. Daí veio o Natal. Na noite de Natal, liguei o rádio e havia música típica tocando. Eu simplesmente me desmanchei em lágrimas. Foi então que percebi o que faltava. Não eram os presentes e nem a árvore de Natal. O que eu sentia falta era da sensação de estar com a família. Sentia saudades da minha mãe, e dos odores e da música de casa. O problema era que meu marido não pensava em Chanucá nestes termos. Ele me comprou uma árvore de Natal! Fiquei furiosa. Agora eu sabia melhor o que fazer. Chanucá pode ser um feriado em família assim como o Natal costumava ser na minha vida. E o significado de Chanucá é tão parte de mim agora que é difícil de acreditar que meu primeiro Chanucá e meu primeiro Natal após a conversão tenham sido tão dolorosos.

É importante que você perceba que Chanucá não é um Natal judaico. Ele não deve ser uma compensação pela perda do Natal em sua vida. A diferença entre ambos não é que se compra papel de embrulho prateado e azul em vez de vermelho e verde, ou que se fazem decorações de Chanucá em vez daquelas para Natal. É uma festa completamente diferente, e você deve aprender sobre ela para poder celebrá-la corretamente. Chanucá tem valores importante para ensinar...?

Existe algo distinto no judaísmo que se opõe a todas as tentativas de torná-lo apenas mais um caminho até Deus. Estas tentativas são feitas mais vocal e energicamente nesta época do ano. E, em nenhuma outra, é mais dolorosamente evidente o quanto um entendimento superficial de Chanucá, assim como do judaísmo em geral, faz-lhe grave injustiça.

O próprio uso da luz no judaísmo é um exemplo modesto, mas surpreendente. Antigamente, as janelas não tinham vidros; eram feitas embutidas nas paredes e largas por dentro, para permitir a passagem do máximo possível de luz, e estreitas no exterior da casa, para manter o pó do lado de fora. Segundo o rabinos, as antigas janelas do Templo, na direção das quais os candelabros ficavam, eram invertidas - estreitas por dentro e largas por fora. Por quê? Porque Deus não precisa de luz - Ele é a fonte de toda luz. O mundo é que dela necessita. A Menorá brilha para fora, a fim de iluminar e irradiar o mundo. As velas de Chanucá estão colocadas na janela para proclamar ao mundo o milagre da luz e a luz do milagre.

 

*  *  *

 

Conversão: Bem-Vindo ao Lar

Estamos com as luzes acesas...



Nós estávamos juntos - você e eu - naquela madrugada fria de um dia distante em que Deus deu a Torá aos israelitas no deserto do Sinai. Foi dada, assim disse Moisés, àqueles que estavam lá e aos que ainda não haviam nascido - inclusive os descendentes das famílias que ouviram a própria "voz" de Deus trovejando do alto deste monte, mas se perderam com o tempo. Milhares de anos depois, estas pessoas ouviram esta voz clara ressonando no interior de seus corações e retornaram à antiga família.

A Torá poderia ter simplesmente proclamado que os escravos exaustos, que haviam sido libertados havia apenas três meses, incluía somente aqueles que eram judeus. Afinal, os judeus tinham acabado de sair do longo processo de conversão após viver durante várias gerações no solo egípcio - a circuncisão fora feita durante o Êxodo do Egito; a imersão, no Sinai; a aceitação das Mitsvót, entusiasticamente abraçada quando receberam a Torá. Somente eles e seus descendentes eram o povo escolhido, os judeus. Ninguém mais precisava se candidatar.

Mas a Torá insistiu que não era assim. Os convertidos, em qualquer geração futura, em qualquer cidade do mundo, não eram judeus "novos", mas sim judeus "antigos"; na verdade, eles estavam presentes no nascimento da religião, quando a Torá foi dada, tendo compartilhado do acontecimento mais sagrado e significativo em toda a história da humanidade. Eles são judeus natos - nem mais, nem menos. Ao tornar esta ousada declaração uma lei da vida diária, os mestres judeus renovaram a ordem de que os judeus devem amar o convertido, assim como são obrigados a amar seus vizinhos.

A diferença, hoje em dia, entre os judeus natos e os judeus por opção é que os judeus natos são filhos de ancestrais que se converteram há séculos, e os judeus por opção se converteram apenas no dia anterior. Daqui a alguns anos, estes novos netos judeus olharão para trás, para os seus ancestrais que se converteram ao judaísmo. Se nós não somos convertidos, somos descendentes de convertidos que se comprometeram com uma vida judaica, de amar a Deus, aos outros judeus e à humanidade. "Aqueles que estiveram diante do Sinai" é uma frase que compreende tanto aqueles que nasceram de ancestrais judeus, todos os quais se converteram no Sinai, aqueles cujos ancestrais heroicamente se converteram naquela ocasião e aqueles que estão se convertendo hoje e amanhã.

Quando o Eterno fez Sua Revelação no dia 6 de Sivan, no deserto do Sinai, houve alguns que não quiseram ficar perto da montanha; outros "desapareceram" na "multidão misturada". Em tempos de dificuldades, desde aqueles dias, muitos dos descendentes das antiga famílias se dividiram para encontrar uma vida mais fácil, uma existência sem ameaças, vidas melhores, costumes universais mais atraentes, assimilação à massa humana indiferenciada em que eles podiam se esconder e permanecer assim, sob o manto protetor da anonimidade.

Agora, vocês, os seus descendentes, retornaram. 
Bem-vindos de volta, bem-vindos ao lar. 
Sabíamos que vocês voltariam!

Prefácio

PREFÁCIO 
PREPARE-SE PARA EMBARCAR

I

 Contemplar a conversão religiosa com tudo o que acarreta e tomar um caminho radicalmente diferente demonstra seriedade de propósito, desejo, disponibilidade para mudar e corajosa determinação. Estas qualidades definiram precisamente o primeiro judeu, Abrahão, que rompeu com as convicções de sua família e partiu sob as ordens de Deus para uma jornada que não sabia onde terminaria, mas que o levou, finalmente, à Terra Prometida. A seriedade, o desejo de mudar e a determinação são traços não apenas admiráveis, mas cruciais à viagem espiritual. Por si só, eles já capacitam o candidato à conversão a explorar a religião e o povo judeu.

 A religião judaica não é simplesmente uma vocação; a conversão ao judaísmo não é apenas uma profissão de fé. A religião judaica é uma trama de ideias profundas e ricas percepções, que ao longo de sua história gerou as crenças fundamentais de toda a religião ocidental. Ela é a fonte dos ideais supremos e das mais dignas convicções do mundo civilizado - entre elas, o conceito de um Deus único; o sistema de jurisprudência; a estrutura da Ética e da Moral; a Bíblia e os Profetas; a noção de um livro de preces e de uma casa de orações; numerosas idéias, ideais e instituições e, não menos importante, de uma visão de mundo que tem dominado a cultura ocidental ao longo dos últimos 2500 anos.

 Mais do que fazer uma declaração de fé, é preciso refletir ativamente para compreender esta nova dimensão religiosa, e é preciso possuir uma convicção inabalável para dizer "Esta é a minha verdade. Devo agora abraçar o Pacto de Abrahão."

II

 

 Você está preparado para adotar a religião judaica. Mas será que o judaísmo está pronto a recebê-lo? Sim. Mas sob certas condições. 

Se você seguir o protocolo da conversão e assumir o compromisso de adequar-se a um futuro religioso, atendendo assim às expectativas do judaísmo, seu desejo em se converter será honrado e apreciado. Com exceção de um período da história judaica, os judeus nunca se negaram a acolher convertidos sinceros. Um exemplo atual desta política de não "fechar a porta aos convertidos" é a discussão sobre conversão que tem assolado o mundo judaico, conhecida como "Quem é judeu?" Nela, protagonistas de ambos os lados defendem seus pontos de vista com uma paixão virtualmente nunca vista em outras disputas. O debate lida com a questão de quem deve ser considerado pelo governo israelense como judeu legitimamente convertido, condição que confere automaticamente a cidadania do Estado de Israel, segundo a Lei do Retorno. Esta lei permite o ingresso a Israel de todos os judeus e gentios adequadamente convertidos, sem outras exigências.
 
 Dentro da opressiva escuridão da disputa em torno de "Quem é judeu", somos capazes de distinguir um insight com luz própria: existe uma zona de calmaria no centro da tempestade. Em meio a discussões apaixonadas, defesas eloqüentes e ardentes protestos, existe um inegável consenso, raramente percebido e quase nunca mencionado, mas que é a substância sobre a qual revolvem todos os argumentos: o povo judeu aceita convertidos. A pergunta é "quem" é judeu, e não "se" alguém pode tornar-se judeu.
 
 Não há controvérsia quanto a isso atualmente. Uma pequena comunidade de judeus sírios decidiu não aceitar convertidos no momento, de modo a preservar sua unidade e possibilitar sua sobrevivência. Mas todas as outras comunidades, de um extremo a outro do espectro da população judaica mundial, aceita judeus "adequadamente" convertidos.
 
 Na verdade, a discussão sobre a acolhida de convertidos por parte de Israel tem sido útil à comunidade judaica sob um outro aspecto. Tem ensinado, nas entrelinhas, que somente a partir da maneira que definirmos os convertidos seremos capazes de definir a nós mesmos enquanto judeus. Quando dizemos a você quem deve ser, estamos lhe dizendo quem somos. A crise na comunidade judaica é, na realidade, uma crise de auto-definição. Numa irônica distorção da história, os convertidos passaram a refletir a nossa identidade.
 
 Você pode ficar desapontado ao tomar conhecimento de que a comunidade judaica não é unânime quanto ao protocolo da conversão e que, na verdade, são oferecidas várias rotas rumo à meta prometida. Este quadro pode parecer confuso e perturbador, mas retrata a pura e inflexível realidade. Você é bem-vindo, mas não por todos os caminhos.
 
 Você precisa conhecer as opções que têm. Mas também deve compreender as consequências de cada uma delas. Se escolher a conversão pelo protocolo liberal, ela não será aceita pelos judeus tradicionalistas. É, portanto, obrigação moral do rabino mapear o terreno de modo que você possa saber de antemão aonde a estrada escolhida o levará. Este livro vai articular o processo histórico tradicional de conversão, que deu origem a outros processos praticados atualmente. O rabino que você escolher para conduzi-lo sentirá, sem dúvida, a mesma responsabilidade.
 
 A escolha do caminho que o levará até o rebanho é, evidentemente, um direito seu e uma decisão exclusivamente pessoal. Deus o abençoa por suas nobres intenções e pelas qualidades que você traz consigo. Da mesma forma, se a maioria dos judeus, ou mesmo se alguns entre os judeus não puderem aceitar sua decisão por não ir de encontro às expectativas que alimentam em relação aos convertidos, entenda que isto é, evidentemente, um direito e uma decisão que lhes cabe. Também aqui, a liberdade é concedida, assim como o dever.
 

III

 
 Você deve compreender o que este livro não procura fazer. Ele não traz uma história sistemática ou cronológica das conversões, nem uma análise psicológica atualizada da motivação que leva à mudança de religião, ou uma tabela comparativa entre religiões concorrentes, ainda que mencione todos esses assuntos.
 
 Este livro não foi planejado como um recurso de marketing da religião judaica e não tem, nem remotamente, o objetivo subliminar de persuadir gentios a abraçarem o judaísmo. Trata-se de um livro descritivo, sem conteúdo missionário. Nele, as convicções judaicas não são explicadas com o intuito de encorajar gentios à conversão, embora eu espere que a vitalidade e o élan do judaísmo brilhem ao longo das idéias apresentadas.
 
 Este livro trata, originalmente, do processo de conversão tradicional. Busca desmistificar um antiquíssimo ritual, liberando-o de uma teia de conceitos errôneos popularmente difundidos; procura esclarecer questões que, à primeira vista, podem parecer obscuras ou irrelevantes, e lida ainda com a aplicação da lei tradicional nas situações contemporâneas.  

 

IV

 A GEOGRAFIA

 A Parte I traz experiências de convertidos que passaram por todo o processo, narradas em primeira pessoa. Ao conhecer as alegrias que viveram e as dificuldades que enfrentaram, é possível que você encontre seus próprios sentimentos refletidos nos relatos. Talvez isto lhe permita sentir-se menos isolado e, talvez, as estratégias usadas por eles possam ser úteis também no seu caso.

 A Parte II define o conceito e a estrutura da conversão - as solicitações que o judaísmo faz, os benefícios e restrições encontrados quando se passa a fazer parte do povo judeu, e o compromisso que você deve assumir para participar, como judeu, em conjunto com o povo judeu, da concretização dos propósitos do judaísmo.

 A Parte III detalha o processo formal de conversão (o "protocolo"), e esclarece o significado e a relevância dos elementos que compõem este ritual praticado desde que as Tábuas da Lei foram entregues ao pé do Monte Sinai. Entre eles, estão a circuncisão, a imersão, o nome judaico que os convertidos devem passar a adotar, o conselho formado por três judeus observantes que têm o poder de autorizar ou negar a conversão, e outros.

 A Parte IV, intitulada "RESPONSA", versa sobre a lei judaica. Nela, são abordadas as dúvidas e problemas mais comuns enfrentados por convertidos. É explicado como a tradição judaica encara as questões referentes ao protocolo da conversão, quais são as leis de matrimônio específicas para convertidos e como famílias judias e de gentios devem interagir durante as respectivas comemorações religiosas.

 A Parte V traz um apanhado geral daquilo que o candidato à conversão precisa saber para alcançar, no mínimo, uma compreensão básica do que é o judaísmo. Esta parte indica o caminho a ser trilhado em busca da luz, uma vez que foi dado o primeiro passo em direção à conversão. Inclui uma série de explicações básicas sobre crenças e práticas judaicas.

 Intitulada "Bem-Vindo ao Lar: Estamos com as luzes acesas", a Parte VI é endereçada a quem acaba de se converter e, também, a um cônjuge judeu que possa estar descontente. Talvez você se surpreenda ao saber que os convertidos estão, na realidade, retornando ao judaísmo.

 A última parte do livro contém referências bibliográficas, textos complementares e índice remissivo.

·  ·  · 

Eu comecei este trabalho com certa apreensão por duas razões: as ambiguidades históricas que cercam o tema da conversão e as paixões suscitadas em âmbito público por meus colegas quanto à sua aplicação no mundo de hoje.

 O que tentei fazer, ainda que um pouco hesitante, foi iluminar o caminho para aqueles que desejam se tornar filhos de Abrahão. Esta é minha obrigação como um de seus descendentes.

 Maurice Lamm
Palm Springs, Califórnia
Janeiro de 1991
Shevat, 5751

Avaliação dos Clientes

    • O valor deste povo é sua história
    • 05 de janeiro de 2020
  • José Passos
  • recomendo este produto
  • O valor do povo do livro é incalculável, não se paga por moedas, só gratidão!

    • Satisfeito com produto
    • 26 de junho de 2018
  • Cláudio Macedo
  • recomendo este produto
  • Excelente literatura! 
    Recomendo! 

    • ameiiiii
    • 23 de março de 2017
  • ANDRESSA BEZERRA
  • recomendo este produto
  • ameiiiiiiii

    • gostei muito
    • 08 de setembro de 2016
  • anônimo
  • recomendo este produto
  • Conteúdo incrível.

    • gostei muito
    • 07 de junho de 2015
  • anônimo
  • recomendo este produto
  • Bastante esclarecedor esse livro, muito bem escrito. Recomendo!